sexta-feira, 10 de agosto de 2012

VISÃO COSMO - BIO-LÓGICA CIENTÍFICA E QUÂNTICA

O SUJEITO DA CONSCIÊNCIA E A NÃO-LOCALIDADE CRIATIVA
 (SELF CLÁSSICO – EGO PENSANTE)  X  (SELF QUÂNTICO – COSMO PENSADO)


COSMO-BIO-LÓGICA, NOVO OLHAR PARA COMUNHÃO E HARMONIA DA CIVILIZAÇÃO DO 3° MÍLENIO.   by ATON


O objeto comum aos modelos econométricos que venho sugerindo, é o estudo da “Função de Onda da Matéria”, como uma expressão matemática que estuda a amplitude das ondas de probabilidade quântica no entorno de mudanças fundamentais da nossa atual Consciência Econômico-Capitalista. Ainda que se discuta e se proponha indicadores para as questões relacionadas ao Produto Interno Bruto-PIB e ao Indicador da Felicidade Interna Bruta-FIB, é indiscutível a necessidade de adotarmos ações para com novos padrões conscientes de desenvolvimento socioeconômico. A Ciência da Consciência é a Ciência da Economia e isto é, o que se está propondo. Nada deste mundo é sólido. A areia, a rocha, a montanha e água distinguem-se umas das outras simplesmente pela diferença de intensidade do “cintilar de partículas” que decorre da vibração e da aparente construção sólida do mundo. Esta é a real substância da matéria. A “matéria”- tudo o que é visível no universo – é mente/consciência tornada visível pela vibração das “partículas”. Mudanças na ” vibração das partículas”e, portanto na “matéria”, acontecem como conseqüência das imagens/movimento poderosamente dirigidas, disciplinadas, focadas pela energia da mente/consciência.Os únicos limites impostos às leis da natureza são os limites da mente humana para o bem ou para o mal. A convicção do “Saber que Sabe” da Consciência é o que separa a terra inanimada e as rochas, de tudo o que vive e cresce sobre a face da Terra. Onde não existe “convicção da consciência” ou “conhecimento da identidade”, não há crescimento. A consciência dentro da terra e nas rochas permanece como “Consciência” em uma forma adormecida, ou seja, se você pudesse crer poderosamente, poderia fazer qualquer coisa que quisesse. As montanhas que se colocam em nossos caminhos e nos impedem de alcançar tudo o que desejamos, são formas que nós criamos para nós mesmos.
 Poderemos, contudo, sem a não-localidade, simular a consciência?
Amit Goswami, fala em consciência como nós, seres humanos, a experimentamos – uma consciência que ousa formar uma visão expressiva e evolutiva do mundo a fim de compreender seu lugar no universo.
Apesar de toda elucubração científica, a operacionalização do Modelo Capitalismo Natural e Capital Humano, onde se insere o Macrosistema das Relações Humanas na Economia e o Microsistema Capital Humano; a sua operacionalização utiliza-se tão somente de elementares conhecimentos de Teoria Econômica, Álgebra e Estatística, o que é mais difícil mesmo, é ter consciência dessa realidade do universo e do mundo em que vivemos.
Para Goswami, o cérebro mente é considerado como dois sistemas interatuantes: o clássico e o quântico. “O clássico é um computador que roda um programa que, para todos os fins práticos, seguem as leis deterministas da física clássica e, portanto, podem ser simulados em forma algorítmica. Já o sistema quântico roda programas que só em parte são algorítmicos. A função de onda evolui de acordo com as leis probabilísticas da nova física – esta parte é algorítmica contínua. Mas há também a descontinuidade do colapso da função de onda, que é fundamentalmente não-algorítmica. O sistema quântico é o único que exibe coerência quântica, uma correlação não-local entre seus componentes. Além disso, o sistema quântico é regenerativo (pode regenar) e, portanto, pode lidar com o novo, porque os objetos quânticos permanecem para sempre novos. O sistema clássico é necessário para formar memórias, para registrar eventos em que ocorrem colapsos e para criar senso de continuidade, como para os objetos macrocósmicos.
Biólogos argumentam freqüentemente de que a maior parte do cérebro constitui um aparelho de medição e, leva-nos a uma maneira nova e útil de pensar nele e em eventos conscientes, porque a mudança do estado do cérebro ocasionada por dano ou drogas muda os eventos conscientes. Mudar o aparelho de medição muda certamente o que pode ser medido, e por conseguinte muda o evento.
Quando a consciência não-local produz o colapso da função de onda do cérebro-mente, ela assim atua por opção e reconhecimento, não através de qualquer processo energético.
Em resumo, até aqui Amit Goswami propõe uma nova maneira de examinar o cérebro-mente como mecanismo de medição e sistema quântico. Esse sistema envolve a consciência, como provocadora do colapso da função de onda do sistema, explica relações de causa-efeito como resultado de livre escolha da consciência e sugere a criatividade como o novo início que todo o colapso é.
Os estados mentais experimentados surgem da interação entre os sistemas clássico e quântico do cérebro-mente. Mais importante ainda, é que a potência causal (“potentia”) do sistema quântico do cérebro-mente tem, origem na consciência não-local, que produz o colapso da função de onda da mente e que experiêncía o resultado de tal colapso. No idealismo – o sujeito – é não local e unitivo; só há um único sujeito de experiência. Objetos surgem, procedentes de um domínio de possibilidades transcendentes e descem para o domínio da manifestação, quando a consciência não-local, unitiva, produz o colapso de suas ondas, mas argumentamos também que o colapso tem que ocorrer na presença da percepção de um cérebro-mente, a fim de que a medição seja completada. Quando tentamos compreender a manifestação do cérebro-mente e da percepção, contudo, entramos em um círculo vicioso causal. A medição não se completa sem percepção, e não há percepção sem a finalização da medição.
Para compreender claramente o círculo vicioso causal e a maneira de remove-lo, podemos aplicar a teoria da medição quântica ao cérebro-mente. De acordo com von Neumann, o estado do sistema quântico passa, de duas maneiras separadas, por uma mudança. A primeira é uma mudança contínua. O estado espalha-se como uma onda, tornando-se uma superposição coerente de todos os estados potenciais permitidos pela situação. Cada estado potencial tem um certo peso estatístico, dado por sua probabilidade de amplitude de onda. Uma medição introduz uma segunda e descontínua mudança no estado. De repente, o estado de superposição, o estado multifacetado existente em potentia é reduzido a uma única faceta concretizada. Pense no espalhamento de um conjunto de possibilidades, e pense também no processo de medição, que manifesta apenas um dos estados do conjunto (de acordo com os graus de probabilidade) como um processo de seleção.
Numerosos físicos consideram esse processo como aleatório, como um ato de puro acaso. Foi essa opinião a origem do protesto de Einstein, de que Deus não joga dados com a natureza. Mas se Deus não joga dados, quem ou o que escolhe o resultado de uma medição quântica única? De acordo com a interpretação idealista, é a consciência que escolhe – mas uma consciência unitiva não-local. A intervenção da consciência não-local produz o colapso da nuvem de probabilidades de um sistema quântico. Há complementaridade aqui. No mundo manifesto, o processo de seleção implicado no colapso parece ser aleatório, enquanto que, no reino transcendente, ele é visto como uma escolha. Ou, como observou certa vez o antropólogo Gregory Bateson : “O oposto da escolha é a aleatoriedade
Antes do colapso, o estado de cérebro-mente existe como potencialidade das miríades de possíveis padrões, que Heisenberg denominou de tendências. O colapso concretiza uma dessas tendências, que leva a uma experiência consciente e com percepção ao ser completada a medição. E, o que se reveste de suma importância, o resultado da medição é um evento descontínuo no espaço-tempo.
De acordo com a interpretação idealista, a consciência escolhe o resultado do colapso em todo e qualquer sistema quântico. Essa escolha terá que incluir o sistema quântico, que postulamos, no cérebro-mente. Dessa maneira, não há como fugir à conseqüência de falar sobre um sistema clássico/quântico interativo do cérebro mente na linguagem da teoria da medição, como interpretada pelo idealismo monista : nossa consciência escolhe o resultado do colapso do estado quântico de nosso cérebro-mente. Uma vez que esse resultado é uma experiência consciente, escolhemos nossas experiências conscientes – embora permaneçamos inconscientes dos processos subjacentes. E é essa inconsciência que oposição leva à separatividade ilusória – à identidade com o “Eu” referencial do self (em “nós” da consciência unitiva). A separatividade ilusória ocorre em dois estágios, embora o mecanismo básico envolvido seja denominado hierarquia entrelaçada.
Para o matemático G. Spencer Brown, “não podemos escapar do fato de que o mundo que conhecemos é construído a fim de ver a si mesmo, mas, para que isso aconteça, evidentemente ele tem que se dividir pelo menos em um estado que vê e em pelo menos um outro estado em que é visto”. Os mecanismos dessa divisão sujeito-objeto são as ilusões estranhas da hierarquia entrelaçada e da identidade do self  (o sujeito da consciência) com o centro de nossas experiências passadas, que chamamos de ego. De que modo surge essa identidade do ego?
O cérebro-mente é um sistema dual – clássico e quântico – mecanismo de medição. Como tal, é único : é o local onde acontece a auto-referência de todo o universo. O universo é autoconsciente através de nós. Em nós, o universo divide-se em dois – em sujeito e objeto. Após observação feita pelo cérebro-mente, a consciência produz o colapso da função da onda quântica e põe fim à cadeia de von Neumann ( tartarugas de cima a baixo ). Eliminamos a cadeia ao reconhecer que a consciência produz o colapso da função de onda, quando atua auto-referencialmente (opção), e não dualisticamente.
De que maneira um sistema auto-referencial difere de uma simples combinação de objetos quânticos e mecanismos de medição? A resposta é de importância crucial.
O mecanismo de medição do cérebro, tal  como todos os demais do mesmo tipo, cria uma memória de cada colapso – isto é, todas as experiências que temos como reação a um dado estímulo. Além disso, contudo, se o mesmo ou um estímulo semelhante é reapresentado, o registro clássico do cérebro reproduz a velha memória. Esta reprodução primária, torna-se um estímulo secundário para o sistema quântico do cérebro, que responde em seguida. O sistema clássico do cérebro mede a nova resposta e assim continua. Essa interação repetida de medições ocasiona uma mudança fundamental no sistema quântico do cérebro-mente, e ele perde seu caráter regenerativo.
Toda reação previamente experimentada, aprendida, reforça a probabilidade de que volte a ocorrer a mesma resposta. A conseqüência é a seguinte : no caso de um estímulo novo, ainda não aprendido, o comportamento do sistema quântico cérebro-mente, é igual ao de qualquer outro sistema quântico. Ao ser aprendido um estímulo, contudo, aumenta a probabilidade de que, após a conclusão da medição, o estado quântico-mecânico do sistema dual, corresponda a um estado anterior da memória. Em outras palavras, o aprendizado (ou experiência anterior) predispõe o cérebro-mente. Com o aprendizado, as respostas condicionadas começam gradualmente a ganhar mais peso sobre as outras. Este é o processo de desenvolvimento do comportamento condicional, aprendido, da mente do indivíduo.
Uma vez aprendida uma tarefa, em todas as situações que a envolvam, estará presente em quase 100 % a probabilidade de que uma memória correspondente desencadeie uma resposta condicionada. Nesse limite, o comportamento do sistema dual quântico/mecanismo de medição torna-se virtualmente clássico. Aqui vemos o análogo cérebro-mente do princípio de correspondência de Bohr. No limite de uma nova experiência, a resposta do cérebro-mente é criativa. Com o aprendizado, a probabilidade de uma resposta condicionada é crescentemente aumentada, até – no limite de uma experiência infinitamente repetida – que a resposta seja totalmente condicionada, como postula o behaviorismo. Este fato é importante porque o condicionamento clássico, da maneira formulada pelo behaviorismo, é recuperado como um caso especial do quadro quântico mais geral.
Muito cedo no desenvolvimento físico do indivíduo, numerosos programas aprendidos se acumulam e dominam o comportamento do cérebro-mente – a despeito do fato de que respostas quânticas não condicionadas estão disponíveis para novas experiências criativas (especialmente como resposta a estímulos não aprendidos ainda). Mas, se a potência criativa do componente quântico deixa de ser usada, a hierarquia entrelaçada dos componentes interatuantes do cérebro-mente torna-se, na verdade, uma hierarquia simples de programas aprendidos, clássicos : os programas mentais reagem entre si em uma hierarquia bem definida. Nesse estágio, a incerteza criativa sobre “quem é que escolhe” em uma experiência consciente é eliminada; começamos a assumir um self ( ego ) separado, individual, que escolhe e que tem livre-arbítrio.
Para ampliar a explicação deste conceito, suponhamos que um estímulo aprendido chega ao cérebro-mente. Em resposta, o sistema quântico e seu mecanismo clássico de medição expandem-se como superposições coerentes, mas são fortemente ponderados em favor da resposta aprendida. As memórias do computador clássico respondem também com programas aprendidos, associados a um dado estímulo. Após o evento do colapso associado à experiência primária, ocorre uma série de processos de colapsos secundários. O sistema quântico desenvolve-se em estados relativamente inequívocos, em resposta aos programas clássicos, aprendidos, e cada um deles é amplificado e sofre colapso. Esta série de processos resulta em experiências secundárias, que apresentam um aspecto característico, tal como atividade motora habitual, pensamentos, e assim por diante. Os programas aprendidos, que contribuem para os eventos secundários, são ainda partes de uma hierarquia entrelaçada, uma vez que, seguindo-os, deparamos com um ronpimento em sua cadeia causal que corresponde ao papel do sistema quântico e a seu colapso, produzidos por consciência não-local. Essa descontinuidade, no entanto, é obscurecida e interpretada como um ato de livre-arbítrio de um (pseudo) self; e é acompanhado por uma (falsa) identificação do sujeito não-local com um self individual limitado, associado aos programas aprendidos. É a isso que cientistas chamam de ego. Evidentemente, o ego é nosso self clássico.
Para sermos exatos, nossa consciência é, em última análise, unitiva e se encontra no nível transcendente, que agora reconhecemos como o nível inviolado. Com início no espaço-tempo físico ( do ponto de vista dos programas clássicos de nosso cérebro-mente, contudo, tornamo-nos possuídos pela identidade individual : o ego. A partir de dentro, pouco podendo fazer para descobrir a natureza hierárquica entrelaçada de nosso sistema, alegamos possuir livre-arbítrio e com isso disfarçamos nossa assumida limitação. A limitação decorre do fato de aceitarmos o ponto de vista dos programas aprendidos, que atuam causalmente uns sobre os outros. Em nossa ignorância, identificamo-nos com uma versão limitada do sujeito cósmico e concluímos : eu sou este corpo-mente.
Como vivenciador real (a consciência não-local), eu opero a partir de fora do sistema – transcendendo meu cérebro-mente, localizado no espaço-tempo -, por trás do véu da hierarquia entrelaçada dos sistemas de meu cérebro-mente. Minha separatividade – meu ego – emerge apenas como instrumento aparente do livre-arbítrio desse “Eu” cósmico, obscurecendo a descontinuidade no espaço-tempo, representada pelo colapso do estado quântico cérebro-mente. A citação a seguir, de um poema de Wallace Stevens, é relevante para a questão de nossa separatividade:
Eles disseram: “Você tem um violão azul
E não tocam as coisas como elas são.
Ao que o homem respondeu: “As coisas conhecidas
São mudadas “no violão azul.”
As coisas como elas são (tal como a consciência cósmica pura e una) tornam-se manifestas como ego individualizado, separado, são mudadas pelo violão azul da hierarquia simples dos programas aprendidos do cérebro-mente individual.
O self separado e clássico (ego), contudo, é apenas uma identidade secundária para a consciência, porquanto a potência não-local (“potentia”), criativa, da consciência e a versatilidade da mente quântica jamais desaparecem por completo. Elas permanecem presentes na modalidade quântica primária do self.
A consciência divide-se em sujeito-objeto através de um colapso da função de onda quântica do cérebro-mente. O colapso é um evento de descontinuidade no espaço e no tempo, mas experimentamos assimetricamente a divisão sujeito-objeto na modalidade contínua, clássica, do ego.
Maya está agora explicada. O mundo imanente não é maya; nem mesmo o ego o é. A verdadeira maya é a separatividade. Sentirmo-nos e pensarmos que somos realmente separados do todo, eis a ilusão. Chegamos ao final do funcionalismo quântico – encontrar uma explicação do nosso self separado. Com seus programas aprendidos clássicos formando uma aparente hierarquia simples, a consciência adquire ego (a qualidade do eu-sou-isto) que é identificada com os programas aprendidos e as experiências individuais de um cérebro-mente particular. Esse self separado tem aspectos de um fenômeno emergente. Ele emerge da interação introspectiva de nossos programas aprendidos, que resultam de nossa experiência do mundo, mas há um senão. O self separado-clássico não tem livre-arbítrio, à parte do self quântico e, em última análise, o da consciência unitiva.
Enquanto que as teorias convencionais do cérebro-mente evitam o conceito de consciência, como sendo um embaraço, o funcionalismo quântico começa com ela. Ainda assim, recupera a descrição behaviorista das ações do cérebro-mente como caso limitador e concorda mesmo com os materialistas em que o livre-arbítrio do ego é um engodo. A nova teoria é muito mais versátil como ajuda para a compreensão do cérebro-mente, contudo, porque reconhece também a modalidade quântica do self.
Os psicólogos materialistas só acreditam no ego, se é que chegam a acreditar em alguma coisa. Muitos deles diriam que não há nenhum self quântico. Imaginemos, contudo, que houvesse uma poção capaz de produzir a amputação do self quântico. Como seria a vida? A parábola O Amor De uma Mulher que Acreditava na Mecânica Clássica, explora esta questão ( O Universo Autoconsciente de Amit Goswami à pág.233 ).
Em Capitalismo Natural e Capital Humano, pelo Macrosistema das Relações Humanas na Economia e pelo Microsistema Capital Humano, a Função de Onda (Ψ) é multifacetada em aspectos e associações econômicas, sociais, éticas e morais, medíveis pela observação do número de “complexions  de Boltzmann”  como decorrência das relações existentes na Matriz de Relações com o Padrão de Forma planejado para a evolução do Sistema de Produção, avaliando se estão congruentes ( ordem ) ou incongruentes ( desordem ) com a estrutura emergente. Na Superposição Coerente, não-local, reside a força potencial  da transformidade humana – “Potentia Transcendente” - uma dualidade de polarização  em um único estado, como por exemplo morto e vivo.

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